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Esta é uma história fictícia, inventada da minha cabeça mesmo, qualquer semelhança dos personagens com alguém que você conhece é mera coincidência. Ou não, sei lá.
Cena:
Quinta-feira, dia da permanência no hospital em que um grupo de amigos (Primo, Mornaga e Taves) do 9º período de medicina da UFPE está pagando o rodízio de clínica médica. Juntos com os residentes ainda R1, Lauso e Coral, eles resolvem as pendências da manhã e fazem o internamento de novos pacientes.
Até que o dia estava tranqüilo, pois havia apenas 5 internamentos para se fazer. Taves e Primo foram os escolhidos para internar dois pacientes, enquanto Mornaga ficaria com apenas um.
A certa altura, por volta das 16h, Mornaga já estava praticamente livre, enquanto Taves e Primo passavam os casos de seus primeiros internamentos para os residentes a fim de que eles pudessem dar o encaminhamento inicial para os novos pacientes.
Eis que surge um pedido de Lauso:
Lauso diz: Ei, precisamos colher uma gasometria, tem uma paciente com rebaixamento do nível de consciência e etc e tal e blá blá blá.
Então Primo falou:
Primo diz: Já que Taves e eu estamos passando caso, aproveita que Mornaga tá aí sem fazer nada.
Mornaga pergunta: Quem é a paciente?
Lauso diz: É a paciente do leito 30X – 0X.
Mornaga diz: Tá certo, deixa que eu vou. (“Aew Mornaga, vá lá que você consegue sozinha” – disse Primo enquanto ela respondia)
Nisso Mornaga sai e os outros ficamos terminando de passar os novos casos.
Alguns minutos depois Mornaga entra no quarto dos residentes segurando um pedaço de papel, bastante aperriada, suada e falando apressadamente, um típico caso de ansiedade aguda:
Mornaga diz: Minhagentevocêsnãosabemoqueaconteceu,vêaquiseeutôsujadesangue...
Então ela começa a mostrar o rosto, bata, braços, pescoço, no intuito de que procurássemos alguma mancha de sangue em seu corpo.
Lauso diz: Calma, Mornaga, o que foi que aconteceu?
Mornaga diz: A máquina lá da gasometria que entupiu e espirrou o sangue da paciente em mim, melou o chão todinho, a sorte foi que eu desviei, parecia matrix, vuishhh (onomatopéia de “desvio de respingos de sangue”)...
Enquanto todos escutam, estupefatos, o relato de Mornaga, ela mostra o pedaço de papel que trouxe e fala nervosa:
Mornaga diz: Acho que eu perdi minha gasometria......
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